Estudo pretende auxiliar no uso mais inteligente do recurso florestal oriundo de planos de manejo com grande potencial de utilização

O Laboratório de Produtos Florestais (LPF), vinculado ao Serviço Florestal Brasileiro (SFB), lança, nesta semana, cartilha sobre a durabilidade natural de madeiras oriundas da Amazônia. O objetivo do estudo é oferecer informações técnicas quanto à alta durabilidade dessas madeiras a pesquisadores, empresários do setor madeireiro, engenheiros, arquitetos e consumidores finais de madeira. Essas informações podem auxiliar no uso mais inteligente do recurso florestal e, desta forma, contribuir tanto para a ampliação do uso quanto para a comercialização das madeiras pesquisadas.

Ao todo, foram estudadas 12 espécies endêmicas do Brasil, que possuem grande potencial de uso. Dentre elas, estão o cumaru, a maçaranduba, muirapixuna, peroba mica e casca preciosa. No entanto, algumas são desconhecidas no mercado nacional.  O trabalho de campo foi realizado em dois locais e biomas: na Floresta Nacional do Tapajós, no Pará em bioma Amazônia, e na Fazenda Água limpa, da Universidade de Brasília (UnB), em bioma Cerrado.

Conhecer a durabilidade de espécies madeireiras é saber qual a capacidade de resistências delas em relação à ação dos agentes deterioradores, sejam biológicos ou físico-químicos. Essa resistência é classificada entre alta, média e baixa. Uma madeira altamente resistente dispensa o uso de fungicidas e inseticidas.

As madeiras estudadas, oriundas de planos de manejo onde a extração é sustentável e conservam a floresta, apresentam alta durabilidade, estética e valor comercial. Além disso, podem ser usadas na construção civil em geral e, mais especificamente pela sua resistência comprovada pelo estudo, podem ser aplicadas em pisos de alto tráfego, vigas, colunas, esquadrias, dentre outros.

Produção científica

O diretor-geral do SFB, Valdir Collato, disse que o LPF vem desempenhando, ao longo dos anos, um papel fundamental na produção de conhecimento acerca da ciência florestal e madeireira. Esta pesquisa é valiosa para a sociedade e para o mercado, que sempre almejam madeiras naturalmente resistentes.

“Informações como as apresentadas na cartilha que estamos entregando neste momento à sociedade contribuem para a ampliação do uso e comercialização de novas espécies florestais, bem como para a melhoria da atividade de manejo florestal, que se torna mais eficiente e diversificado”, declarou Valdir Collato.

A pesquisa envolve o trabalho de diferentes gerações de profissionais do setor de Biodegradação e Preservação de Madeira do LPF, que iniciaram os estudos na década de 1980. A partir dessas contribuições, a Cartilha foi finalizada pelos pesquisadores Marcelo Fontana da Silveira, José Roberto Victor de Oliveira, Anna Sofya Vanessa Silvério da Silva e Fernando Nunes Gouveia.

Segundo o pesquisador José Roberto Victor de Oliveira, a importância deste trabalho é “contribuir para a ampliação, o uso e a comercialização de novas espécies florestais. Dessa forma, tornar o uso delas mais eficiente e diversificado”.

“Foi um trabalho conjunto e demorado, pois estudar a durabilidade natural de espécies demanda estudos de campo, notadamente longos. A ideia é ampliar o estudo estendendo sua abrangência para os outros biomas brasileiros. Desse modo, teremos as ferramentas para entender como uma madeira se comporta em todo o território nacional. Isso é algo que devemos iniciar o quanto antes, pois do contrário, teremos que aguardar a próxima geração de pesquisadores do LPF para trazer essas informações”, afirmou José Roberto.

A Cartilha Sobre Durabilidade Natural de Madeiras Amazônicas está disponível no site do Serviço Florestal Brasileiro

Para acessar o estudo, clique AQUI! 

 Texto: SFB 

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